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“Ajuda urgente”. Fornecedores pedem acordo entre Europa e China sobre terras raras

As novas restrições da China à exportação de elementos de terras raras estão a afetar diretamente a indústria automóvel europeia.

produção de motor elétrico
© Renault

“É preciso ajuda urgente”. É assim que começa o comunicado da CLEPA (Associação Europeia de Fornecedores Automóveis), que lança um apelo à União Europeia e à China para entrarem em consenso relativamente à exportação de elementos de terras raras.

Recentemente, o país asiático impôs restrições à exportação destes elementos, que são essenciais para o fabrico tanto de motores a combustão como elétricos — recordamos que a China controla à volta de 70% da produção mundial das terras raras e 90% do processamento.

Esta decisão está a culminar no encerramento de várias fábricas e linhas de produção em toda a Europa, e as previsões apontam para consequências ainda mais severas nos próximos tempos.

© Renault (Motor elétrico da Renault) As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos essenciais à tecnologia moderna, especialmente no setor automóvel.

Desde o início de abril, centenas de pedidos de licenças de exportação foram submetidos às autoridades chinesas, mas apenas cerca de um quarto terá sido aprovado. O problema reside em “procedimentos pouco transparentes e inconsistentes entre províncias, com algumas licenças recusadas por motivos processuais e outras exigindo a divulgação de informações sensíveis relacionadas com propriedade intelectual”, conforme sublinha o comunicado da CLEPA.

Apesar de não serem inéditos, estes controlos de exportação seguiam até agora critérios claros, que permitiam às empresas adaptarem-se com antecedência. A atual estratégia, no entanto, “cria riscos para o comércio internacional e afeta a confiança nas cadeias de abastecimento globais”, alerta a associação.

Benjamin Krieger, secretário-geral da CLEPA apela assim “com urgência às autoridades da UE e da China para que iniciem um diálogo construtivo, garantindo que o processo de concessão de licenças seja transparente, proporcional e alinhado com as normas internacionais.”

Interdependência entre China e Europa

A associação destaca ainda que a China e a Europa partilham um interesse comum na estabilidade das cadeias globais de fornecimento, sublinhando que a interdependência é mútua: a Europa depende da China, mas a China também depende dos seus clientes europeus.

“As perturbações prolongadas vão reforçar os esforços em curso na Europa para diversificar as fontes de abastecimento e investir no desenvolvimento de motores elétricos que não utilizem elementos de terras raras. No entanto, estas medidas não oferecem soluções a curto prazo e não conseguem responder aos riscos que as cadeias de fornecimento enfrentam atualmente”, conclui a associação.

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